Por Anny Lucard
Baseado na light novel do autor japonês Hiroshi Sakurazaka, 'All You Need is Kill' (publicada em 2004), o novo filme de ficção científica estrelado por Tom Cruise, 'No Limite do Amanhã' (Edge of Tomorrow), dirigido por Doug Liman, se destaca por conseguir uma sutil inovação, mesmo seguindo a linha de filmes com loops temporais, iniciada oficialmente no cinema pelo clássico filme do ator, roteirista e diretor Harold Ramis, 'Feitiço do Tempo' (Groundhog Day).
'No Limite do Amanhã' tem Tom Cruise interpretando o protagonista da trama, o militar americano Cage, que substitui o personagem original da light novel, o japonês Keiji. A atriz Emily Blunt interpreta a personagem do quadrinho original, a americana Rita Vrataski, uma habilidosa militar da unidade de defesa dos americanos.
Ambientada em um futuro próximo, a trama do filme narra uma invasão alienígena com proporções apocalípticas para os seres humanos, pois os estranhos seres são muito mais desenvolvidos tecnologicamente que os terráqueos.
O devastador ataque a Terra, faz os aliens tomarem toda a Europa, mostrando que seria impossível de serem derrotados por qualquer unidade militar terráquea existente. Isso faz o Major Cage, oficial que nunca saiu do quartel, mas um político habilidoso tentar ajudar no que pode para levantar o animo dos militares sobreviventes. No entanto, quando é designado para participar de uma missão no fronte, ao se recusar, alegando os perigos de mandar alguém que não é treinado em combate, como é o seu caso, é tratado como desertor. Como punição, seu superior literalmente o joga em um dos esquadrões do frote, como se fosse um mero recruta.
Quando o dia da ofensiva contra os invasores acontece, Cage é morto minutos após colocar o pé em solo inimigo, por uma das estranhas criaturas. No entanto, não continua morto. Como se acordasse de um pesadelo, Cage percebe que tudo em seu aparente sonho se repetia, tipo premonição.
Só que o que parecia uma premonição em forma de um pesadelo, passa a ser um inexplicavelmente loop do tempo, onde não importava como Cage vivesse o dia, sempre acabava voltando no mesmo ponto do tempo, bastava ser morto.
Quando então, em um desses dias repetidos, Cage fala com Rita Vrataski que diferente de todos os outros com quem falou do dia se repetindo sem parar, os quais sempre o acham um louco; a militar das Forças Especiais acredita nele e não só da uma esperança para acabar com seu tormento pessoal de morrer dia após dias, como uma chance de ganhar a guerra que até aquele momento não tinha como a humanidade vencer.
Diferente de outros filmes do tipo, nesse o diretor optou por repetir pouco o dia. Doug Liman não quis mostrar sempre tudo o que ocorria durante o dia a cada nova repetição. Isso ajuda a dar ritmo ao filme, inovando com cenas chaves a cada repetição, que vão se conectando no decorrer da narrativa, cada diálogo também tem conexão, mesmo sem mostrada uma cena nova. Um ótimo recurso para evita que o filme fique meio irritante pela repetição, como acontece em alguns casos.
O roteiro escrito por Christopher McQuarrie, Jez Butterworth e John-Henry Butterworth, baseado na light novel japonesa 'All You Need Is Kill' de Hiroshi Sakurazaka com ilustração de Yoshitoshi ABe, tem um toque sutil de comédia, comum não só em histórias japonesas e também uma das características do clássico da década de 1990, mas seu gênero é ficção científica de ação.
Além de Tom Cruise e Emily Blunt, o ator Bill Paxton também faz parte do elenco como um militar linha dura (da série de TV 'Marvel Agents Of SHIELD' e 'Amor Imenso', e filmes como 'Twister' e 'Titanic'), entre outros.
'No Limite do Amanhã' estreia hoje nos cinemas brasileiros, com versões em 2D, 3D e IMAX, com cópias legendadas e dubladas.
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