quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

Meu Namorado é um Zumbi (Crítica)

Um zumbi muito estranho.


O filme 'Meu Namorado é um Zumbi' (Warm Bodies) é uma comédia romântica nada convencional, afinal também é um filme de zumbi, como o título deixa claro.

Dirigido e roteirizado por Jonathan Levine, 'Meu Namorado é um Zumbi' é estrelado por Nicholas Hoult e Teresa Palmer. O elenco ainda conta com John Malkovich, famoso por trabalhos em filmes nada convencionais, por isso uma boa escolha para interpretar o militar linha dura, pai da protagonista.


Com o roteiro adaptado do livro do autor Isaac Marion, 'Sangue Quente', que combina romance e zumbis, o filme inova ao mostrar que mesmo um tema tão batido e sem muito o que falar (como zumbis), pode ganhar uma releitura interessante.

Isaac Marion criou uma história nada convencional, fugindo dos padrões dos clássicos roteiros de filmes de zumbi, dando a chance do roteirista, e também diretor da produção, de criar uma história bem original.

Começa pela escolha mais improvável para o gênero de roteiro, que Jonathan Levine encaixa a história do livro, comédia romântica. No entanto, a escolha foi feliz, pois foi somado ao gênero doses de terror, assim conseguindo brilhantemente um roteiro de pura originalidade. Um filme onde tudo pode acontecer, onde até o príncipe encantado da história pode virar comida de zumbi e onde ninguém é poupado de... Um boa zoação.


Uma ótima história para quem busca novidade tanto em produções cinematográfica como na literatura, que ao fugir dos padrões conhecidos de filmes de zumbis, brinca com referências não só aos clássicos de terror, como também aos atuais filmes de conteúdo fantástico sobrenatural; com diversas piadas implícitas e explícitas que quem curte seja um tipo de história ou outra, ou mesmo ambas, não vai deixar de dar uma boa gargalhada.

A direção de Jonathan Levine ajuda a criar momento de pura tensão, assim como de puro divertimento durante o filme, que tornar a história surpreendente, pois nem quem curte comédias românticas ou os fãs de filmes de zumbi consegue prever o que vai acontecer.

A história é narrada pelo ponto de vista dos zumbis, uma curiosa escolha, que dá destaque a um dos mortos em especial, o qual está entendiando com sua "vida" de morto-vivo. Sem memórias e sempre andado de um lado para o outro, esbarrando todos os dias nos memos zumbis, com os quais eventualmente sai para jantar. Irritado, o zumbi começa achar tudo muito chato, pois nem do próprio nome conseguia lembrar.

"Algo com Rrrrrr," era a única coisa que o zumbi lembrava e aquilo o aborrecia.

O zumbi que só lembra que seu nome começava com R, também se achar meio estranho em relação aos outros zumbis, por pensar a respeito e se questionava se os outros fazia o mesmo. Porém se tinha uma coisa que adora tanto quanto qualquer um deles, era carne humana fresca, em especial os cérebros.


Comer o cérebro era uma questão de evitar que outros voltasse a "vida", pois seria mais um com quem teria que dividir o jantar e nos dias pós-apocalipse, com carne humana fresca escassa, já que os vivos e saudáveis estavam separados dos infectados, que viraram zumbis, do outro lado do enorme murro que costruiram em volta de suas cidades; o melhor era evitar a proliferação. (Zumbi está morto, mas não burro.) Além disso, R achava que o cérebro era a melhor parte, pois quando os comia, também podia vislumbrar as lembranças de suas vítimas e a sensação era incrível, já que zumbi não sentia nada pois estava morto.

Tais lembranças e sensações passam a ser um vício para R, que o ajudava a esquecer da tediosa existência de zumbi e é assim, em uma das costumeiras reuniões com os colegas zumbis para o jantar, que R tromba com um grupo de humanos, em busca de medicamentos fora dos muros da cidade mais próxima.


Durante o confronto, R consegue atacar um dos humanos e garantir seu jantar, caindo de boca direito no cérebro do namorado de Julia, filha do militar que comandava a cidade murada.

O problema é que R fica perturbado com as lembraças de sua vítima, em especial as envolvendo Julia. Por conta disso, o zumbi rapta a jovem, levando-a para o meio da zona dos mortos, no antigo aeroporto da cidade murada, onde além dos próprios, também vivem estranhos e assustadores seres, que os zumbis chamavam de Esqueléticos.

Os Esqueléticos não mexiam com os zumbis, pois tinham um gosto especial por corações batendo e os dos mortos não batiam faz tempo. No entanto, a presença de Julia cria um distirtúrbio no cotidiano pacífico dos dois grupos.

Destaque para a trilha sonora, que foi muito bem trabalhada não só para dar o clima certo a cada cena, mas também para caracterizar bem a personalidade de alguns dos personagens.


A dupla de protagonista também merecem destaque. A loiríssima Teresa Palmer, usa bem sua aparência semelhante de uma outra protagonista de produção Summit, para brincar com o absurdo de uma jovem se apaixonar por um cara misterioso e desconhecido, o qual devia temer. Já Nicholas Hoult, é o mais estranho dos zumbis, além de um morto sexy, também é igualmente assustador, pois não perde a chance de prender a atenção de Julia, ao mesmo tempo que se delicia com as memórias do namorado dela, literalmente falando.

Entre os outros personagens destaque para a melhor amiga de Julia, Nora, interpretada por Analeigh Tipton, que pode ser doce em um momento, mas capas de enfrentar seu comandante e pai da amiga, interpretado por John Malkovich. O ator, que nessa produção faz o papel de um militar durão, rouba a cena, especialmente ao se valer do direito de pai de evitar que algum cara banque a besta com sua única filha, o qual fica feliz em pode se dar ao direito de atirar no pretendente em questão, sem ser recriminado, afinal ele é um zumbi.


A estreia do filme nos cinemas do Brasil está marcada para o dia 8 de fevereiro.

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