quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

O Impossível (Crítica)


O Impossível (Lo Imposible, 2012) dirigido por Juan Antonio Bayona narra a história da família que conseguiu sobreviver ao tsunami que ocorreu na Tailândia em 26 de dezembro de 2004. Quando o casal Henry (Ewan McGregor) e Maria (Naomi Watts) vão passar as férias de final de ano com os três filhos Lucas, Thomas e Simon eles não imaginavam que iriam se ver no meio de uma catástrofe sem proporções e com inúmeras vítimas. 


A família consegue ainda desfrutar de um natal tranquilo se divertindo no hotel onde trocam presentes de natal e curtem a ceia com os outros hóspedes do hotel. Enquanto Henry se preocupava se ainda teria seu emprego quando voltasse para os Estados Unidos e Maria cogitava a possibilidade de voltar a ser médica, algo catastrófico acontece enquanto eles relaxavam com os filhos a beira da piscina. Uma onda gigante chega e carrega tudo pela frente separando a família pela primeira vez desde que chegaram a Tailândia. 

Maria depois de lutar por muito tempo contra a correnteza e conseguir se salvar, acha o filho mais velho Lucas com quem tem um dos mais emocionantes reencontros do filme. Lucas acha que devido a destruição total do local seu pai e irmãos estão mortos e que eles deveriam tentar sobreviver para tentar sair daquele local, já Maria prefere ser otimista apesar de tudo e ainda convence o filho a ajudar um garotinho chamado Daniel que eles encontram no meio do caminho que assim como eles também estava perdido. 

Maria por estar mais machucada do que Lucas é levada para um hospital assim que eles conseguem achar outros sobreviventes que o ajudam lhe dando roupas e comida e a cuidar dos ferimentos mais graves dela. Maria pede que Lucas tente ajudar outras pessoas no hospital que também estão a procura de suas famílias. Quando Lucas volta ele é surpreendido com o sumiço de Maria por conta de uma confusão na ficha hospitalar dela. 

Enquanto isso ainda no hotel onde foi separado de sua família, Henry ainda procura por Maria e Lucas desesperadamente. Ele conseguiu achar os filhos menos Simon e Thomas que estão sendo vigiados por outros hóspedes enquanto ele procura pelo resto da sua família. 

O filme que tem a direção de Juan Antonio Bayona e roteiro de Sérgio G. Sanches que já haviam trabalhado juntos em O Orfanato e agora repetem a parceria nesse drama baseado em fatos reais que apesar de trombar em alguns clichês de filmes catástrofes, o filme com certeza deve agradar ao público narrando a história real da família que sobreviveu ao tsunami da Tailândia que matou 280 mil pessoas. Mas aviso que esse filme não pode ser assistido por pessoas fracas pois o filme contém cenas fortes e até muito realísticas de como ocorreu a tragédia então é bom ir preparado. A produção do filme está de parabéns pois algumas das cenas chegam a ser tão realistas que chegam a incomodar e até causar enjoo nos mais sensíveis especialmente nas cenas mostradas no hospital onde vemos muitas pessoas muito feridas, com muitas delas expostas de uma maneira que chega a dar repulsa, mas que era necessário mostrar pois a verdadeira tragédia aconteceu daquela maneira. A maquiagem do filme também é muito boa, especialmente a de Naomi Watts que é quem mais sofre no filme por conta de seus hematomas, feridas e machucados.

Ewan McGregor está ótimo no filme, fazendo o papel do pai que precisou viver todo esse drama para poder reencontrar sua família mas quem dá um show mesmo é Naomi Watts no papel de Maria que usando uma força extraordinária para conseguir ir para um lugar seguro com o filho e ainda assim tentar ajudar pessoas pelo caminho. A atriz está indicada ao Globo de Ouro por esse filme e pode chegar a ser indicada ao Oscar também se conseguir levar a estatueta do GG. Vamos torcer!

O filme estreia em circuito nacional na próxima sexta feira, dia 21 de dezembro e está sendo distribuido pela Paris Filmes.

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